- ADAS
- ACC
- ABS
- ALC
- AEB
- AES
- APA
- BSM
- CAS
- DDD
- DMS
- Assistente de Eficiência
- ESC
- Alerta de saída
- FCW
- FCTA
- LCA
- LDW
- LKA
- RCTA
- TSR
Sistema de Monitoramento do Motorista
Um Sistema de Monitoramento do Motorista é um recurso de segurança em carros modernos que utiliza sensores e câmeras para monitorar o comportamento e a atenção do motorista enquanto dirige.
Os Sistemas de Monitoramento do Motorista (DMS) são projetados para aprimorar a segurança, detectando sinais de fadiga, distração ou comprometimento do motorista e oferecendo alertas ou intervenções para prevenir acidentes.
Como é detectado
Os sistemas de monitoramento do motorista podem variar dependendo do modelo do carro e do tipo de sensores utilizados. Os recursos comuns incluem:
Rastreamento Ocular
Esse recurso usa uma câmera para rastrear os movimentos dos olhos do motorista e detectar sinais de sonolência ou distração. Se o sistema detectar que o motorista não está prestando atenção à estrada, ele emite um alerta para redirecionar sua atenção de volta à condução.
Sensores no Volante
Esses sensores detectam se o motorista está segurando o volante e fazendo entradas apropriadas. Existem três tipos de sensores utilizados
- Sensores Capacitivos: Esses sensores são comumente usados em volantes modernos, particularmente em sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS). Sensores capacitivos detectam a presença das mãos do motorista medindo a capacitância elétrica, que muda quando as mãos tocam o volante. Eles costumam ser posicionados ao redor do aro do volante para garantir que o contato seja monitorado continuamente.
- Sensores de Pressão: Sensores de pressão detectam força física ou aperto no volante, o que pode confirmar se o motorista está segurando-o ativamente. Esses sensores são frequentemente usados em sistemas de segurança, nos quais segurar o volante de forma ativa pode ser necessário para certas manobras ou alertas.
- Sensores de Torque: Embora não sejam especificamente para detecção de toque, sensores de torque detectam a quantidade de força aplicada ao volante. Eles podem ajudar a inferir o engajamento do motorista medindo quanto esforço ele está usando, confirmando indiretamente se ele está segurando o volante.
Como funciona
Enquanto os detalhes dos Sistemas de Monitoramento do Motorista (DMS) podem variar entre fabricantes e modelos, eles geralmente seguem um padrão operacional semelhante.
1. Aviso Inicial e Alertas Suaves
Quando o Sistema de Monitoramento do Motorista detecta pela primeira vez sinais de desatenção do motorista — como olhos fechados, olhar desviado ou falta de pressão das mãos no volante — ele emite um alerta inicial. Esses avisos são geralmente sutis e projetados para incentivar suavemente o motorista a retomar o foco:
- Alertas Sonoros: É acionado um toque suave ou som de alerta. O tom é suficientemente distinto para chamar a atenção do motorista sem assustá-lo.
- Avisos Visuais: O painel de instrumentos ou head-up display exibe um ícone ou mensagem de aviso, como “Fique Atento” ou “Olhos na Estrada”.
- Vibrações no Volante: Em alguns modelos, uma breve vibração no volante serve como lembrete tátil para o motorista.
Nesta fase, o objetivo é fornecer ao motorista um lembrete suave para restaurar o foco sem uma intervenção significativa.
2. Alertas Escalonados e Avisos Progressivos
Se o motorista não responder aos alertas iniciais, o DMS intensifica sua resposta com avisos mais contundentes. Reconhecendo que a falta de resposta pode indicar um problema sério, o sistema intensifica sua abordagem:
- Maior Volume e Frequência dos Alertas Sonoros: Os toques podem aumentar em volume e se repetir em intervalos mais curtos, tornando mais difícil para o motorista ignorá-los.
- Vibrações Mais Fortes no Volante: Se o veículo estiver equipado com feedback tátil, a intensidade das vibrações no volante pode aumentar.
- Avisos Visuais Repetitivos: O painel de instrumentos ou o head-up display pode agora exibir uma mensagem mais urgente, como “Motorista Sem Resposta” ou “Acorde Imediatamente”.
Esses alertas escalonados são projetados para serem persistentes e disruptivos, priorizando a atenção do motorista em relação a outras atividades dentro do veículo.
3. Intervenção com Assistência de Faixa e Redução de Velocidade
Se o motorista ainda não responder, o DMS assume que ele pode estar incapacitado. Nesta fase crítica, o sistema passa de alertas para intervenção física para minimizar riscos ao motorista e aos demais na estrada. Veja como essa fase geralmente acontece:
- Assistente de Permanência em Faixa: O sistema de permanência em faixa do veículo, se disponível, é ativado para garantir que o carro permaneça com segurança dentro de sua faixa, reduzindo a chance de acidentes por saída de faixa.
- Redução Automática de Velocidade: O sistema reduz gradualmente a velocidade do veículo, podendo ajustá-la para uma velocidade de cruzeiro baixa ou preparar uma parada controlada.
- Ativação das Luzes de Emergência (pisca-alerta): Para alertar os motoristas ao redor, as luzes de emergência do carro podem ser ativadas, sinalizando um problema com o veículo.
Durante essa fase, o sistema assume um controle limitado, focando em manter o veículo em um estado estável e previsível para reduzir a probabilidade de um acidente.
4. Tomada Completa de Controle do Veículo e Parada Controlada
Se o motorista ainda não retomar o controle, o DMS inicia um procedimento de segurança para levar o veículo a uma parada completa. Em colaboração com os Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (ADAS) do veículo, essa etapa é projetada para minimizar riscos e garantir que o veículo esteja fora do fluxo de trânsito de forma segura.
- Desaceleração Gradual até a Parada: O sistema reduz progressivamente a velocidade do veículo. Alguns sistemas param o carro na própria faixa, enquanto outros, quando possível, orientam o veículo em direção ao acostamento ou outra área segura.
- Ativação dos Freios: O sistema de freios do carro é acionado para parar completamente o veículo e mantê-lo no lugar até que o motorista ou os socorristas intervenham.
- Sinalização de Emergência Reforçada: As luzes de emergência continuam piscando e, em alguns modelos, a buzina pode soar intermitentemente para chamar a atenção de motoristas ou pedestres próximos.
- Destravamento das Portas: Em alguns modelos, o sistema destrava as portas para facilitar o acesso de socorristas ou de outras pessoas que possam ajudar o motorista.
Nesta fase, o DMS passou a ter controle total do veículo para garantir a segurança, tomando as medidas necessárias para reduzir os riscos tanto aos ocupantes quanto aos motoristas ao redor.
5. Protocolos Pós-Incidente e de Emergência
Uma vez que o veículo esteja estacionado com segurança, o sistema pode tomar medidas adicionais para lidar com potenciais emergências:
- Ativação de Chamada de Emergência (eCall): Alguns sistemas estão equipados para contatar automaticamente os serviços de emergência, fornecendo informações de localização e alertando-os sobre uma possível emergência médica ou incapacitação do motorista.
- Bloqueio do Veículo: Para evitar movimento não intencional, o sistema pode ativar um bloqueio que impede que o carro seja dirigido até que uma autoridade designada, como o pessoal de emergência ou um usuário cadastrado, o reative.
- Monitoramento Contínuo até a Resposta: Mesmo após o veículo ter parado, o DMS continua a monitorar sinais de resposta do motorista. Qualquer movimento, como piscar ou virar a cabeça, pode reiniciar o sistema e permitir que o motorista retome o controle se tiver se recuperado.
Exemplos no Mundo Real
O canal do YouTube Out of Spec Reviews é conhecido por realizar testes no mundo real de Sistemas de Monitoramento do Motorista (DMS). Abaixo estão alguns exemplos:
Exemplo 1: Porsche Macan EV
Neste exemplo, o Macan EV demonstra sua capacidade de parar o carro, destravar as portas, acender as luzes internas e chamar por ajuda. Isso demonstra um DMS altamente eficaz.
Exemplo 2: Hyundai IONIQ 6
Neste exemplo, o IONIQ 6 desativa o assistente de centralização em faixa quando não recebe nenhuma resposta do motorista e continua a sair da estrada em alta velocidade. Isso destaca uma deficiência significativa em seu DMS.
Exemplo 3: Mercedes EQS
Neste exemplo, o Mercedes EQS para o carro dentro de sua faixa quando o motorista não responde, demonstrando um DMS confiável.